Bem, eu me chamo Oiseila, um nome um tanto complicado, então todos me chamam de Bombom, tenho 18 anos até julho, moro atualmente em Juiz de Fora e sou estudante de Letras na UFJF, sou simplesmente apaixonada por palavras, pela arte de as criar e de fazê-las ter sentido, ter peso ou leveza, de fazê-las expressar sentimento. Eu sou apaixonada pela arte da submersão em outros universos e sentimentos que os livros nos trazem, e quando eu preciso fugir dessa realidade, eu me entrego ao mundo onde eu só preciso pensar e escrever, onde eu comando, onde eu não me preciso segurar o grito entalado na garganta, e nessa tentativa de fugir de mim mesma e da realidade, eu comecei a escrever, já lia desde muito nova, mas a escrita me salvou de um abismo. Eu não sou nada além de uma poeta apaixonada com muitos sonhos, quero fazer da minha paixão uma carreira, quero ser ouvida e compreendida, e minha primeira obra traz isso, as posteriores são paixões, romances de como eu queria que tivesse sido, e de como não fora. Bem, essa sou eu, as palavras que deixo são parte de mim outrora, e algumas parte de mim agora.
É difícil definir quem somos né, muito difícil, muito mais do que definir nossas profissões, e o tempo passa rápido demais, e pensar que existem pessoas que chegam aos 50 sem nem ter ideia se realmente gostam do sabor de sorvete que consomem sempre, logo, sequer sabem quem são, e esse é o meu medo, nunca saber quem sou, mas a escrita me traz isso, o autoconhecimento, escrevo as ideias que não saem em voz alta, ou porque não podem ser ditas, ou só porque não tenho coragem, e então me decifro, de palavra em palavra, de vírgula em vírgula, alguns pontos finais, reticências e tais, mas confesso que sou inteiramente feita de interrogações, tenho poucas certezas na vida, mas uma delas hoje, é que eu amo o que faço, e estou disposta a lutar pela realização dos meus sonhos.