Escolhi assinar este livro como Lilê Aurata inicialmente porque muitos dos textos aqui são antigos e já não refletem exatamente quem sou hoje. Ainda assim, fazem parte de mim. Mesmo que eu tenha mudado, essas palavras continuam verdadeiras no tempo em que nasceram. Em seguida, para dar voz a uma parte de mim que se apropria do desejo, da falta, da subjetividade das coisas.
Criar a Lilê foi a forma que encontrei de dar espaço a essas versões de mim — sem precisar me prender a elas.
O nome veio do som: “Lilê” me soava delicado e forte ao mesmo tempo. Lembra flor, lembra começo.
“Aurata” vem do latim e significa dourada — como algo que foi atravessado e, ainda assim, brilha.
Lilê é uma parte minha, mas também é outra.
Alguém que usa a escrita para elaborar o que sente, sem o compromisso de se manter fiel ao que já foi dito.
É quem eu sou — mas também quem eu não sou. E, por isso mesmo, posso ser.
No Caos Eu Brilho é um livro sobre apropriar-se do caos das dores, dúvidas e medos — e das delícias e encantamentos também, por que não? — que surgem no amor, na maternidade e na vida adulta. Dividido em três partes — o caos de existir, o caos de amar e o caos de maternar — reúne textos curtos e diretos que nasceram de vivências reais, escritas no calor das emoções ou no silêncio depois delas. A a
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