Que eu seja todo dia como um girassol, de costas pro escuro e de frente pra luz.
Essa frase me visita sempre nos dias nublados, quando a alma parece querer se esconder debaixo das cobertas do mundo. Tem horas que o peso do que passou insiste em puxar a gente pra trás. A mágoa. O cansaço. Aquelas palavras que doeram mais do que deveriam. Mas o girassol… ah, o girassol não se curva. Ele se vira. Escolhe pra onde olhar. Ele se recusa a viver nas sombras, mesmo quando tudo ao redor parece cinza.
Ser como ele não é ignorar a dor. É escolher não se afundar nela.
É lembrar que todo dia, mesmo o mais difícil, carrega um raio de sol — ainda que pequeno, ainda que tímido — só esperando a gente virar o rosto pra ver.
E que, mesmo nos dias de tempestade, a luz sabe encontrar quem não desiste de procurar.