Um paulistano nascido nos anos 50. Ao longo da vida viveu cercado de
ilusões criadas, muitas vezes amadas. Desde pequeno a escrita sempre foi uma das
suas loucuras e crenças para encontrar rumos na vida. Alguém que pelas palavras
consegue interpretar vários estados de espírito, pois como disse Rousseau,
infeliz é o homem que não muda. Através de seus personagens, por vezes vive
vidas que não foram suas ou que poderiam ter sidas.
A madrugada avançava lenta, e o silêncio da cidade parecia reverberar na mente de André Torres, que agora se encontrava diante de uma janela molhada pela garoa de outono. O brilho fraco das luzes da rua e os poucos transeuntes em seus trajetos finais pareciam ser metáforas visuais de sua inquietação interna. As sirenes esporádicas não perturbavam tanto quanto a torrente de pensamentos que o domina
Saiba maisAlfredo desde que chegou a São Paulo vindo do interior do Rio Grande do Norte tinha um sonho, trabalhar na polícia. Algumas décadas após retornou à sua cidade natal como policial aposentado. Na pequena Tamboré, sentado em sua rede cercado por sobrinhos e alguns netos cujos pais também haviam retornado, gostava de relembrar e contar estórias policiais que punham as crianças em total atenção. Para o
Saiba maisO tempo parecia desacelerar naquela estação de metrô, enquanto o silêncio, quebrado apenas pelo sussurro de vozes baixas e o leve ruído dos geradores, envolvia Eduardo e os demais à sua volta. A escuridão, que no início trouxera apreensão, agora criava um ambiente quase íntimo, como se todos estivessem em uma espécie de suspensão, um intervalo entre a rotina frenética de São Paulo e a imensidão do
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