Desde jovem, a imaginação sempre foi meu refúgio. Enquanto o mundo ao meu redor era marcado por limitações, eu encontrava nas histórias uma forma de transcender as barreiras da realidade. Cresci em uma família de recursos modestos, mas com uma mente inquieta que ansiava por aventuras épicas e narrativas profundas.
Durante um período importante da minha vida, quando frequentava a faculdade, essas histórias ganharam forma. Caminhando quilômetros todos os dias para poder estudar, criei um universo em minha mente. Cada passo era um cenário, cada pensamento desenhava personagens e cenas que pareciam tão reais quanto as pessoas ao meu redor.
O tempo passou. Eu me formei em engenharia, mergulhei no mercado de trabalho, e os anos trouxeram suas próprias histórias. Mas aquela que criei em minhas longas caminhadas nunca me deixou. Enquanto lia livros, assistia a séries, filmes e até jogava videogames, sentia um incômodo constante. Muitas dessas obras pareciam incompletas, vazias, incapazes de capturar a profundidade e a emoção que eu desejava encontrar.
Então, decidi mudar isso.
Depois de tantos anos, finalmente trouxe à vida aquilo que chamo de Crônicas de Areia e Sangue. Por um ano, dediquei-me de corpo e alma ao projeto. Revivi cada cena, cada diálogo, cada detalhe que imaginei nas minhas caminhadas de anos atrás. Foi um processo intenso, mas também libertador.
Em um mundo onde o céu caiu e a terra se quebrou, a vida se tornou uma promessa tão rara quanto frágil. Entre desertos intermináveis e oásis que brilham como milagres, Diozef, um homem com um passado cheio de segredos, vaga em busca de respostas e redenção. Ao seu lado, está Osmar, um leal companheiro de quatro patas, cujo olhar curioso e destemido enxerga beleza onde o caos reina. Juntos, eles
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